quinta-feira, 31 de março de 2011

Sacrifícios a Deus se resumem a cantar e louvar?

Estudando o livro ou a carta anônima aos Hebreus, pude perceber com mais clareza a razão e algumas particularidades da obra terrena de Cristo. Tudo o que Jesus fez e que é revelado nas Escrituras tem um significado especial para nós. Sempre tive um certo receio de ler e estudar Hebreus devido à linguagem um pouco complicada e algumas simbologias que remetem ao Antigo Testamento, mas a leitura desse livro é bastante proveitosa. Preciso ler e reler essa carta várias vezes.

A primeira vez que li Hebreus (todo) foi no ano passado, quando fiz um breve resumo de cada capítulo. Mas deixei a desejar no estudo dos dois últimos capítulos, que aliás são muito profundos e práticos para os cristãos. Por isso, alguns textos me chamaram a atenção nos capítulos 12 e 13, mas um em especial me levou a meditar e pregar na igreja, que está no capítulo 13, versículos 15 e 16. Vamos meditar juntos neste trecho:
"Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada."
 1º) "Portanto...": A palavra "portanto" significa por isso, por consequência. Isso nos leva a entender que "portanto" refere-se a algo que foi falado, citado antes. No caso, se refere ao trecho anterior, versículos 12 ao 14:
"Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura."

Vendo o contexto desse trecho, aprendemos que:
a) Jesus se entregou para morrer "fora da porta", ou seja, fora de Jerusalém, derramando Seu sangue para nos santificar;
b) por Ele ter derramado Seu precioso sangue para nos santificar, devemos "sair" também, ou seja, irmos até acruz e suportarmos a carreira ou a cruz que nos foi proposta, e;
c) temos que perder a visão deste mundo, e observar nossa vida na perspectiva da eternidade.

2º) "...ofereçamos sempre por Ele a Deus...": Cristo, ao passar pela cruz e suportar a ira de Deus destinada a nós, ao Seu povo, tornou possível que pudéssemos oferecer algo a Deus, visto que não tínhamos nada a oferecer a Ele, e o fato de Deus nos salvar através de Cristo nos leva a uma condição de ofertarmos algo a Ele. Cristo é o mediador da nossa adoração. "Jesus Cristo homem", ou seja, Aquele que se fez  carne e habitou entre nós com o firme propósito de salvar e santificar Seu povo é o mediador entre Deus e os homens (ver I Timóteo 2.5). Graças a Cristo, temos um privilégio: ofertar ou adorar a Deus!

3º) "...sacrifícios de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Teu nome...": o louvor é algo natural do cristão, pois ele é fruto de lábios convertidos. É por isso que devemos "oferecer sempre", porque se por um lado somos filhos de Deus para sempre, selados, regenerados, transformados, garantidos e guiados pelo próprio Deus, por outro o sacrifício de Cristo vale para sempre para aqueles que crêem Nele. Por meio de Cristo, temos a vida eterna, e sinceramente, esse é o motivo maior, único e totalmente suficiente de oferecermos louvores a Deus e sermos gratos a Ele.

4º) "...e não vos esqueçais...": Quando falamos em louvor, a primeira forma de expressão que vem a nossa mente é a música. E música é o negócio das igrejas. Negócio em todos os aspectos... Isso porque tudo hoje gira em torno da música. As frases que se ouvem, os cultos semanais e de domingo, o dia-a-dia, até o "conhecimento" de Deus vem das músicas que se cantam e se ouvem. Infelizmente, a pregação da Palavra e até a leitura bíblica perderam o posto de mais importantes para maioria dos cristãos atuais. Inclusive historicamente, a igreja nunca esteve em um período tão frio e seco do que nos dias de hoje, onde as pessoas aprendem com as letras das músicas, a "verdade" se encontra no refrão das canções do momento, as heresias estão alojadas nas "melhores" músicas, e assim a igreja atual vai caindo, caindo, até que chegará um momento onde não suportarão as aflições, as turbulências da alma, as dúvidas e temores lá do fundo do coração, tudo porque construíram suas casas na areia, e não na Rocha (ver Mateus 7.24-27). É comum dar-se demasiada ênfase ao louvor, ou à música, e isso leva a um esquecimento dos deveres para com Deus e para com o próximo. Assim, o autor de Hebreus se mostra muito sábio ao dizer para não nos esquecermos de outros deveres. Mas, quais são esses deveres que não devemos esquecer?
  1. "...da beneficência...": essa palavra nos remete a fazer, praticar o bem, e o autor de Hebreus coloca a beneficência como um sacrifício, e é mesmo um sacrifício fazer o bem porque: a) vivemos num mundo de trevas, e temos que ser luz (Mateus 5.16); b) muitos fazem o bem por motivações erradas, geralmente motivações egoístas, por interesses próprios. Os cristãos devem fazer o bem para a glória de Deus (Mateus 25.34-40).
  2. "...e da comunicação...": a palavra que mais pode definir ese ponto é unidade. Também significa mútua cooperação (em outras versões da Bíblia), e significa trabalhar em comum, colaborar, ajudar, auxiliar, reforçando o ponto da unidade. A igreja que é unida, que trabalha junto, que coopera uns com os outros, é uma igreja que oferta esse sacrifício. É um sacrifício mais comunitário, mas que começa individualizado. É por isso que ser unido é um sacrifício, pois por ser uma qualidade individual que reflete coletivamente, o que impede a unidade é o eu, o ego, e essa enfermidade da igreja só pode ser curada com o amor - amor imperfeito, mas semelhante ao de Cristo (I Coríntios 13.4-8), que nos leva a buscar uma vida de paz com todos (Romanos 12.14). Devemos seguir o exemplo de Paulo, que visitava as igrejas para compartilhar, cooperar, crescer juntamente com os membros (Romanos 1.11-12).
5º) "...pois de tais sacrifícios Deus se agrada.": os sacrifícios ofertados a Deus são aqueles que estão em harmonia com os dois principais mandamentos, segundo Cristo:  
"Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes." (Marcos 12.30-31)

Com certeza, renderemos verdadeiro louvor e tributo a Deus, quando fizermos tudo para a glória de Deus (I Coríntios 10.31) pensando no que Ele fez por nós (Romanos 5.20). Que Deus possa ser glorificado em nossas vidas e através das nossas vidas!

sábado, 26 de março de 2011

Quatro livros que todo cristão deve ler!


"Tudo pela graça", de Charles Spurgeon. Esse livro é uma exposição da salvação e de sua certeza, utilizando todos os argumentos possíveis para que o leitor creia e esteja seguro em Cristo somente. É um livro evangelístico,  que trata do amor de Deus, do ministério de Cristo ao morrer pelos ímpios, da fé necessária para a salvação, do arrependimento, das dúvidas e temores de pecar e cair da graça e da perseverança dos salvos ou dos santos. Leia este livro com toda a disposição do seu coração! Spurgeon é um do meus autores favoritos. Deus o agraciou com sabedoria e um coração aquecido pelo Evangelho. Alguém já disse que se sobrou um pouquinho de inspiração do Espírito (em relação à inspiração da Bíblia), essas estava com Spurgeon. 







"O clamor de um desviado", de Dr. Martyn Lloyd-Jones. São quatro capítulos, que são sermões sobre o Salmo 51. Sabe, quer conhecer de um modo prático a situação do homem? Leia este livro. Mais um livro que nos ajuda a entender o problema do pecado e os problemas que se originam do pecado. Lloyd-Jones deixou sua carreira de médico para se dedicar ao ministério, mas na verdade ele apenas mudou sua área de atuação. Ele deixou de ser médico de corpos, para, com a graça de Deus, examinar as almas, que tem um mesmo problema com várias vertentes e vários sintomas. Lloyd-Jones, juntamente com Spurgeon, são meus autores favoritos. Leia este livro, e seja examinado por Deus através das palavras deste pequeno homem do grande Deus.



"A mortificação do pecado", de John Owen. Por falar em examinar a si mesmo, aqui está uma das maiores obras a respeito do pecado, se não a maior. Aqui, Owen trata do pecado nos crentes, de como os cristãos devem agir quanto aos seus pecados, baseando-se em Romanos 8.13: "Se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis". Owen é extremamente bíblico em seus argumentos e ilustrações, e isso enriquece seus escritos. Veja quão grande é a miséria que está dentro das pessoas, e que esse é sem dúvida o pior inimigo com o qual temos de lutar! Owen não deixa passar despercebidas as sutilezas que esse inimigo cruel utiliza para enganar os cristãos. é indispensável a leitura repetida desse livro, para que cada dia possamos aprender a lidar com esse inimigo traiçoeiro, talvez pior até que o próprio Satanás!

"Um guia seguro para o céu", de Joseph Alleine. Esse também é um livro espetacular, que tem como ênfase o trato com os não-convertidos. Mas é indispensável a leitura desse livro pelos cristãos, ou pelos que se dizem cristãos, pois muitas das características dos não convertidos são elementos principais da vida dos que se dizem salvos... Por isso, a leitura desse livro proporcionará melhorias em nosso viver, e assim fará com que venhamos a ter mais certeza de nosso chamado. Muito provavelmente seremos reprovados em alguns aspectos, mas o fim desse livro é que o não convertido venha a ser salvo, e que o salvo esteja mais convicto de sua salvação. 



Os quatro livros citados acima são livraços! Leiam esses quatro livros. Comprem; esses livros não são tão caros; valerá a pena cada centavo gasto (ou investido) nesses livros. garanto a vocês que a leitura desses quatro livros farão vocês mudarem de vida, assim como tem mudado a minha. Esses livros tem me ajudado bastante em vários aspectos. Como jovens cristãos, precisamos nos edificar na rocha, e a hora é agora! Que a gente não espere a velhice, pois dependendo de como cuidarmos de nossas vidas hoje, diremos que "não temos prazer na vida" (ver Eclesiastes 12.1-2). Como Moisés pediu a Deus, nós também devemos pedir: "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios." (Salmo 90.12). 
Que Deus nos abençoe, e só a Ele seja dada a glória por tudo!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Paul Washer - Uma palavra aos Jovens

Recomendo a leitura desse texto, pois nos ajudará a crescermos e cuidarmos melhor de nossas vidas. A maior preocupação que devemos ter é com nossas almas. Precisamos cuidar de nós mesmos, para assim cuidarmos de outros. Creio que esse texto ajudará bastante! Cliquem onde está escrito "Fullscreen" para ler o texto na tela toda. Também podem clicar em "Download", mas para baixar o texto, vocês tem que ter uma conta no Scribd. Enfim, boa leitura!


Paul Washer - Uma Palavra Aos Jovens

terça-feira, 8 de março de 2011

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher - Gênesis 2.18


"E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma adjutora {que esteja} como diante dele." (Versão Almeida Revista e Corrigida)

O momento em que Deus diz essas palavras é um momento onde Adão tinha a companhia de todos os animais e todas as árvores do Paraíso, mas ainda assim estava só. Alguém disse que "solidão é estar no meio de milhares e se sentir só". Adão passou por um momento onde não tinha um semelhante para compartilhar suas alegrias, suas euforias, seus sentimentos. Daí Deus, de modo maravilhoso, cria a sua companheira. 

A mulher, Eva, é a adjutora ou ajudadora de Adão. Graças a Deus por ter deixado para as nossas vidas ajudadoras! A minha Bíblia tem um comentário interessante: "Sem companhia feminina e sem parceria (...), o homem não pode viver plenamente sua condição de ser humano". Veja que a vida de um homem, sinceramente, só é completa se houver uma mulher ao nosso lado. Sinceramente, não sei o que seria de mim hoje se não fosse minha ajudadora de 4 anos e 5 meses (hoje faz 5 meses!), a Priscila. Não consigo ver minha vida sem ela. Ela realmente me abençoa e tenho certeza que foi Deus que a colocou em meus caminhos. Eu não merecia tanto... Por falar nisso, como não lembrar daquela que esteve comigo por toda a minha vida, a minha mãe, a Suely! Ela que me suportou durante 19 anos, e ainda me suporta, me amando de uma maneira sábia, me criando apesar de todas as dificuldades que tivemos! Louvo a Deus por essas duas principais mulheres que tanto me ajudaram!

Sabe, o texto nessa versão diz algo ainda mais interessante: essa ajudadora está como diante dele, mesmo não estando, num sentido geral. O homem foi criado para ser cabeça do lar, da família, mas Deus perpetua um equilíbrio, onde no lar os dois são vitais e caminham lado a lado. No lar os dois tem funções diferentes, não superiores. Na família, os dois tem direitos iguais e deveres aos membros dela. Como casal, os dois tem uma "dívida" com o outro, dívida essa extremamente prazerosa: "E serão ambos uma carne" (Gn 2.24). 

Num comentário bíblico do Antigo Testamento, encontrei a seguinte frase em referência ao contexto de Gênesis 2.18-25: "Deus, como Pai dela, trouxe a mulher ao homem, como seu segundo ser e como sua ajuda idônea". Não quero me estender em elogios ou adjetivos, mas quero afirmar que, sem as mulheres, nada (ou quase nada) seriam os homens. Não fosse a graça de Deus, estaríamos nós, homens, sós. Obrigado, Deus, por criar esse gênero que nos ajuda tanto e que é tão injustiçado, que ama tanto mas nem sempre é amado, que cuida tanto mas nem sempre é valorizado... Obrigado, Senhor, pelas mulheres...

"Toda mulher deve ser amada
No dia-a-dia conquistada
No ser mãe endeusada
Na cama desejada
Na boca beijada
Na alegria multiplicada
No lar compartilhada
No seu dia festejada
Na tristeza consolada
Na queda levantada
Na luta encorajada
No trabalho motivada
No aniversário presenteada
Na alma massageada
Na beleza admirada
Na dificuldade ajudada
No cangote bem cheirada
Na vida abençoada
No mundo inteiro respeitada
E sempre que possível… abraçada!"
Madre Teresa de Calcutá

sexta-feira, 4 de março de 2011

União com Cristo - Uma oração antiga, puritana...

A seguir, uma oração usada no culto puritano. Os puritanos foram talvez os homens mais santos de que se tem conhecimento na modernidade. Você pode encontrar mais informações sobre esses homens aqui e aqui.

Ó PAI,
Fizeste o homem para tua glória,
e quando ele não serve a este propósito,
de nada serve;
Nenhum pecado é maior do que o pecado da incredulidade,
pois se a união com Cristo é o maior bem,
a incredulidade é o maior dos pecados,
é contrariar tua vontade;
Vejo que, seja qual for o meu pecado,
nada se compara a estar longe de Cristo pela incredulidade.
Senhor, livra-me de cometer o pecado maior de me apartar dele,
pois aqui nunca poderei obedecer e viver perfeitamente para Cristo.
Quando tu retiras minhas benções exteriores, é por causa do pecado,
de não reconhecer que tudo que tenho vem de ti,
de não servir-te com tudo que tenho,
de sentir-me seguro e fortalecido em mim mesmo.
Benções legítimas tornam-se ídolos secretos, e causam grande dano;
a grande injúria está em apegar-se ao ter,
o grande bem consiste em dar.
Por amor me privaste de bênçãos, para que glorificasse mais a ti;
removeste o combustível do meu pecado,
para que eu pudesse apreciar o ganho de uma pequena santidade
como a contrapartida de todas as minhas perdas.
Quanto mais te amo com um amor verdadeiramente gracioso
mais desejo te amar,
e mais miserável sou na minha falta de amor;
Quanto mais tenho fome e sede de ti,
mais vacilo e falho em te encontrar;
Quanto mais meu coração está quebrantado pelo pecado,
mais oro para que ele seja quebrantado ainda mais.
Meu grande mal é que não relembro os pecados da minha juventude;
de fato, os pecados de hoje, amanhã já os esqueci.
Livra-me de tudo aquilo que conduz à incredulidade
ou à falta do sentimento de união com Cristo.

Tradução: Márcio Santana Sobrinho
Extraído de: The Valley of Vision:
A Collection of Puritan Prayers & Devotions,
organizado por Arthur Bennett, p.20.
Extraído de Monergismo.

O Caminho de Deus para a Santidade - Horatius Bonar

O caminho da paz e o caminho da santidade encontram-se lado a lado, ou melhor, eles são um só. O que concede um, imparte o outro; e aquele que toma um, toma o outro também. O Espírito de paz é o Espírito de santidade. O Deus de paz é o Deus de santidade.

Se a qualquer momento estes caminhos parecerem andar separadamente, deve haver algo errado - errado no ensino que os faz parecer separar-se, ou errado no estado do homem em cuja vida eles assim fizeram. Eles iniciam juntos, ou pelo menos quase juntos que nenhum olho, salvo o divino, pode fazer uma diferença. Todavia, propriamente falando, a paz vem antes da santidade, e é sua mãe. Isto é o que os teólogos chamam de "prioridade na natureza, embora não no tempo", que quer dizer substancialmente isto: que a diferença no começo delas [da paz e da santidade] é tão pequena que quase não se pode ser percebido apropriadamente por nós; todavia isto não faz delas menos distintas e reais.

As duas não são independentes. Elas estão em comunhão, vital comunhão, cada uma sendo a companheiro da outra. A comunhão não é de mera coincidência, como no caso de estranhos que por acaso seguem o mesmo caminho, nem de indicação arbitrária, como no caso de duas estradas paralelas, mas de mútua ajuda e simpatia - como a comunhão da cabeça e do coração, ou de dois membros de um corpo, a paz sendo indispensável à produção ou causação da santidade, e a santidade indispensável à manutenção e aprofundamento da paz.

Aquele que afirma que tem paz, embora vivendo no pecado, é "um mentiroso, e a verdade não está nele". Aquele que pensa que tem santidade, embora não tenha paz, deve questionar se ele entende corretamente o que a Bíblia quer dizer tanto por um como pelo outro; porque, como a essência da santidade é o estado correto da alma diante de Deus, não parece ser possível que um homem possa ser santo enquanto não houver uma consciente reconciliação entre Deus e ele. Uma santidade espúria deverá ser fundamentada em uma paz espúria, ou sobre paz alguma; mas a verdadeira santidade inicia de uma paz verdadeira e autêntica.

HORATIUS BONAR
KELSO. Julho de 1864
* Prefácio do livro O Caminho de Deus para Santidade, de Horatius Bonar.
Extraído de Monergismo