sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal para todos!!!!

Desejo a todos um ótimo Natal, e que todos nós estejamos em plena comunhão com nossos familiares e irmãos em Cristo, felizes e alegres não com o que comemos ou bebemos, mas simplesmente de estarmos com aqueles que amamos. Lembro também daqueles que estão longe de suas famílias, dos presos, dos moradores de rua, dos ladrões, traficantes, e pessoas à margem da sociedade, que estão fazendo lá se sabe o quê… Que Deus as abençoe e que possamos ser canais de bênçãos para essas pessoas. Mas, para nossa meditação, assistam ao vídeo abaixo. O nome da música é “Nas estrelas”, e quem canta é o saudoso João Alexandre. FELIZ NATAL!!!!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Argumentos para a salvação (3): e agora, o que se deve fazer?

Bem, finalizando a série sobre os argumentos para a salvação, chegamos ao último ponto, que se refere a uma atitude que une as duas verdades vistas anteriormente. Serei muito prático nesse ponto e farei o possível para expor de maneira clara, simples e objetiva, sobre esse assunto. Vamos lá?!
O primeiro argumento que tratamos se referiu à situação do homem, um ser pecaminoso totalmente distante de Deus, longe de ser amigo de Deus ou amigo do Evangelho, inimigo de Deus, pecador, perdido, morto em seus delitos e pecados. Já o segundo argumento falou sobre a providência de Deus, que baseado em Sua graça, Sua misericórdia e em Seu amor, mandou Seu Filho para morrer pelos pecadores. Mas, se Cristo morreu por todos os pecadores, logo todos são salvos. Se todos são salvos, a Bíblia perde seu valor de verdadeira, pois se todos são salvos, não haveria inferno, julgamento ou condenação. Assim, há uma particularidade para aqueles que forma salvos, que são salvos e que serão salvos, e essa coisa que todos têm em comum é a .
Como diz o autor de Hebreus, “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11.1). A fé é o alicerce da esperança do cristão, em uma coisa que ele não vê e não viu, mas que ele vive e sabe que um dia verá. A fé é algo que, como a casa firmada na rocha, pode ser abalada, mas se está alicerçada em Cristo, é certo que não acabará. Falo isso porque vivo isso. Há momentos em que a fé parece não existir, mas Cristo nos levanta, nos segura e nos dá paz… Realmente, a fé é meio que um “sentimento louco” por uma “coisa louca”, mas é essa “loucura” que nos garante a vida eterna, porque essa “loucura” é mais real do que as coisas que eu vejo ou que eu toco!
Mas, em relação aos não cristãos, o que é a fé, o que ela significa e como ela pode ser vivida ou praticada? Vamos aos pontos:
a) a fé é real quando ela é colocada na cruz de Cristo: a fé só pode ser real quando se crê na obra de Cristo na cruz, especialmente na cruz. Não é fé na grandeza de Deus, nem fé na soberania de Deus, nem fé causada por medo de Deus, mas fé motivada pelo amor de Deus pelo seu povo, mandando Cristo para morrer na cruz por pecadores! Se eu sou pecador, e creio na morte de Cristo por pecadores, logo eu estou incluído no plano de salvação de Deus por meio de Cristo! É isso! É comum vermos crentes cobrando fé de não cristãos por terem recebido uma suposta “bênção” de Deus. Isso é ridículo! A fé só é real e tem base sólida quando eu creio que Jesus morreu por mim! Nada mais e nada menos…
b) ter fé significa crer e descansar na obra de Cristo, e ver que nada mais importa no mundo: é interessante observar que para ser salvo, basta crer em Cristo. Crer em sua efetiva morte por mim, crer nas suas promessas de vida eterna aos que crêem, crer no seu poder e no seu amor ao salvar perdidos e trazer os mortos espirituais à vida. Quando uma pessoa compreende que estava indo ao inferno devido aos seus pecados, ela busca uma solução. Não uma solução para deixar de errar, não uma solução para deixar de beber, de fumar, de se drogar, de se prostituir, de ser orgulhosa, arrogante, mentirosa ou algum outro pecado. Ela precisa de uma solução efetiva e que faça com que ela seja decretada perdoada, e Cristo oferece esse perdão. Nunca vamos deixar de ser pecadores, e Cristo sabe disso. Por isso ele veio ao mundo, para nos salvar, nos perdoar e nos santificar, ou seja, nos tornar santos, separados do pecado, mas pecadores santos! É por isso que a fé só pode ser real se estiver em Cristo, pois quando eu pecar, saberei que Jesus morreu justamente para perdoar meus pecados! Isso é descansar em Cristo! É ver que Deus mandou seu Filho pela minha alma, pela minha salvação, e não simplesmente pelos meus problemas diários, pois havia um problema ainda maior, e esse problema já foi resolvido por Deus ao mandar Cristo para morrer na cruz! Isso é maravilhoso!
c) na prática, a fé é simples: a fé é simples porque Cristo é simples. Veja: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Coríntios 11.3). Paulo, nesse texto, faz uma incrível comparação entre a igreja e Eva. Eva estava em uma situação perfeita, no paraíso, em paz, tudo certo, harmonizado, tranquilo, com seu marido, tudo o que queria para comer e beber, flores, frutos, árvores, paisagens lindas, amizade direta com Deus, criada diretamente das mãos de Deus, não havia nada melhor! Mas Eva preferiu complicar, e se permitiu complicar ao dar ouvidos à serpente, e assim comprometeu todo o bem estar que ela e seu marido tinham… Da mesma maneira, Jesus providenciou o necessário para a igreja: já morreu pela igreja, já salvou a igreja, já está trabalhando pela santificação da igreja, já deixou Sua Palavra para a igreja, já fala com a igreja através da Sua Palavra, já mostrou Seu amor pela igreja ao morrer por ela, enfim, já fez tudo e está fazendo tudo o que é necessário para a manutenção da igreja no mundo… Mas a igreja quer complicar tudo, quer basear a salvação pelas obras, já não fala de Cristo como Salvador, mas como abençoador. Só quer saber de dons e dons, e não se alegra mais com a mensagem de salvação através de Cristo. Esquece de Cristo como Salvador, para pedir solução para os problemas da família, de casa, do trabalho… Acham que o problema maior é o vício, o roubo, a violência, quando na verdade o maior problema é estar distante de Deus.
Amigos, venho chamar vocês para uma fé simples, grata a Deus simplesmente por ter nos chamado das trevas e nos transportado para o Seu Reino! Isso não empolga vocês? Isso não os deixa eternamente gratos? Isso não os deixa felizes? Isso não renova a esperança de vocês? Então temo que vocês não saibam ainda o que é a verdadeira fé, a fé simples, mas poderosa, em Cristo Jesus. Que Ele possa firmar-nos em Sua presença, fortalecendo a nossa pequena fé Nele…
Concluindo essa série, venho pedir a vocês que preguem essa mensagem, mensagem que diz que o homem é pecador e que ele precisa de Deus. Mensagem que diz que Deus providenciou um caminho para a salvação do homem, e que se ele crer e viver de acordo com a vontade de Deus, ele é salvo por Cristo. Essa é a única mensagem a ser pregada. Por favor, por amor a Cristo, preguem essa mensagem, pois “como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10.14)
Lutando a cada dia para ter uma fé cada vez mais simples e eficaz,
Douglas.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Argumentos para a salvação (1): a situação do homem

Bem, conforme falei no último texto publicado, estarei escrevendo algumas postagens relativas a argumentos e proposições que devem, de acordo com a Bíblia, ser expostas aos não crentes no ato do evangelismo. Assim, o primeiro ponto que vamos tratar é sobre a situação do ser humano.
Paulo, escrevendo aos Efésios, diz: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira” (Efésios 2.1-3). Você entendeu este texto? Você conseguiu compreender o que Paulo vem tratar nesse texto? Ele fala que todos nós, cristãos, vivíamos de acordo com o curso, com o movimento, com a correnteza deste mundo em que vivemos, ou seja, vivíamos de acordo com nossa carne, nosso eu, nossos desejos e nossas vontades. Mas, se você observou bem, Paulo declara que vivíamos de acordo com o espírito, ou seja, as influências, que hoje atuam ou conduzem os filhos da desobediência, ou seja, os incrédulos. O que Paulo fez nessa passagem foi colocar os crentes de Éfeso e de todo o mundo no mesmo pé de igualdade, dizendo que tanto os crentes quanto os incrédulos foram conduzidos (os incrédulos ainda são) por essa influência, que os leva a fazer o que querem. Mas, que influência é essa que todos teriam em comum?
Para desenvolver a resposta dessa questão, farei uma ilustração que eu usei uma vez, de acordo com 1 João 1.8. Pensem em Deus como o nosso fabricante, o fabricante dos seres humanos. Ele fez Adão e Eva perfeitos, bem feitos. Mas, eles adquiriram um defeito, um defeito que se estende a todas as pessoas. Esse defeito é o pecado. Devido ao pecado de Adão (o pecado original, ou seja, o pecado de origem), todos nós temos esse defeito, ou seja, todos nós temos pecado, e portanto, somos pecadores. Esse pecado que temos não se resume às coisas erradas que fazemos, pois mesmo que nós não façamos nada de errado, continuamos pecadores; em outras palavras, somos pecadores em essência. Essa essência é o que todos temos em comum: a essência pecaminosa. E esse é o espírito, ou a influência, a que Paulo se refere no texto de Efésios.
A situação do mundo, e do ser humano em geral, é que ele anda segundo essa influência, ou seja, segundo a carne, ou se preferir, segundo o pecado. Essa é uma das verdades fundamentais que um não cristão deve saber antes da conversão, ou para se converter. Se uma pessoa não entender ou não souber o grande problema que tem, nunca desfrutará da grande solução traçada por Deus, e nunca terá paz, nunca sossegará, nunca descansará, nunca será aliviada. Fernanda Brum, em seu hino “Vaso de alabastro”, diz algo que cabe no que eu estou dizendo. Ela diz: “Só quem conhece a grandeza do perdão que recebeu, entrega em amor todo o tesouro seu para adorar a Deus”. Só é possível conhecer o perdão de Deus, e a grandeza dele, se percebermos o tamanho da dívida que temos a ser perdoada. Portanto, é altamente necessário, antes de qualquer coisa, falar do pecado do homem, humilhá-lo mostrando sua situação, e só assim ele poderá procurar efetivamente o remédio, que é Cristo.
Precisando do remédio para a minha alma,
Douglas.

Argumentos para a salvação (2): a providência de Deus

Entendendo que você leu o primeiro argumento, o que se refere à situação do homem, escrevo o segundo argumento, ou o segundo tema, que deve ser citado quando se está evangelizando, ou explicando a alguém o caminho pelo qual ela deve ser salva. Neste texto, mostrarei o outro extremo, que não tem relação direta com o homem, mas sim com Deus.
Deus providenciou algo, demonstrando o seu amor enviando Cristo para morrer. Aqui, cabe uma questão: por que Jesus veio? Ou para quê Jesus veio? A resposta é: para morrer por pecadores. Se a pessoa reconhece que é pecadora, ela está apta a receber Cristo, pois Cristo morreu por pecadores. O Evangelho é para pecadores, e é por isso que é necessário que uma pessoa saiba que é pecadora, para ser apta a receber a Cristo em seu coração.
É interessante também perceber que há uma relação estreita entre a situação do homem e a providência divina. Um leva ao outro, ou seja, a situação do homem em geral leva à providência de Deus. É uma relação inevitável, pois quando uma pessoa compreende que todo mundo, inclusive ela, está longe de Deus por causa do pecado que ela sabe que realmente existe dentro de si e de cada um, ela percebe que há uma necessidade dentro dela, e de cada pessoa, de ser curada desse mal maior, que está levando todos, ou que condena todos. Assim, é preciso falar da providência de Deus. Mas que providência?
Como falei, Cristo é a providência divina. Mas o que é que faz de Cristo a providência de Deus para os pecadores? A resposta é que a missão de Cristo foi nascer para morrer por pecadores. Cristo veio ao mundo, como o remédio para a cura do problema do pecado. Cristo veio para os doentes, e não para os sãos. Assim, se alguém é doente, precisa de remédio para ser curado. Se todos estão doentes, logo todos precisam do remédio, ou seja, todos precisam de Cristo. Mas nem todos observam que precisam Dele, e é aí que entra o papel de quem está pregando o Evangelho. Quem prega deve tirar a venda do mundo, mostrar para o ouvinte aquilo que ele realmente é, e a solução de Deus para o mundo enviando Cristo como Salvador do mundo, dos pecadores, dos maus, dos doentes. Cristo foi altamente movido pelo amor, ao morrer por pessoas que, por serem más, pecadoras e sujas, merecem o inferno! E graças a Deus por isso, pois é esse amor perfeito por pessoas imperfeitas que é a garantia de que Jesus veio nos salvar. Paulo diz: “Mas Deus prova seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). Essa é a verdade, que a morte de Cristo é a prova mais do que suficiente de que Ele nos ama, e esse amor incondicional, que não pode ser medido, estende a salvação para os pecadores! Veja quão grande é a graça de Deus, manifestada em pecadores que não merecem de maneira alguma essa graça! É algo tão maravilhoso que é grandioso demais para ser compreendido, mas deve ser recebido! Obrigado, Jesus, por ser a ponte entre Deus e os homens, no que diz respeito à nossa salvação!
Precisando aplicar essa verdade em meu peito, mas feliz por essa verdade existir,
Douglas.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

“Jesus Te ama”?!

Há uns dias atrás, me veio uma ideia de escrever alguns argumentos com bases bíblicas para o evangelismo. Penso e observo que os métodos de evangelismo nos dias de hoje são, em sua maioria, fracos, vazios, sem mensagem consistente e, em certo ponto, até antibíblicos. Não vou debater, nas postagens que escreverei, sobre o que é certo e o que é errado, mas apenas mostrarei os temas que precisam estar incluídos na mensagem de salvação.
Mas, na postagem de hoje, quero mostrar porque o fato de dizer a um não cristão que Jesus o ama, não o levará, provavelmente, à salvação em Cristo. Sei que Deus pode se utilizar desse método e dessa simples frase para mudar a vida de alguém (lembre-se de que Deus já usou até uma jumenta…), mas não podemos fazer disso uma regra e achar que dizer “Jesus Te ama” é o modo correto de evangelizar.
1º) Dizer a um incrédulo que Jesus o ama pode ser perigoso – pois, seu eu digo a uma pessoa que é praticante de um ato maldoso que Jesus a ama, ela pode pensar que Ele a ama mesmo que ela cometa o crime ou os erros que ela vem cometendo. Não sei se ficou claro, mas se eu sou pecador, e nunca ouvi o Evangelho, e na primeira vez que ouço, simplesmente “descubro” que Jesus me ama, é certo que me orgulharei de tudo o que eu fiz, mesmo com meus erros, pois “descubro” que ele me ama porque, no meu ponto de vista, tem algo bom em mim que faz com que ele me ame. Ou seja, é uma camuflagem da crença na salvação pelas obras. No fundo, as pessoas vivem como se suas obras fossem levá-las a algum lugar melhor. É comum ouvir pessoas dizerem que são boas, que não são como as outras que matam, roubam, mentem, traem, se prostituem, se drogam, bebem, fumam, etc.… Assim, se eu digo que Jesus as ama, eu posso estar levando elas a acreditar que apesar de seus erros, elas tem qualidades que fazem com que Jesus as ame. Esse é o perigo.
2º) Dizer que Jesus ama alguém não revela a ninguém a mensagem do Evangelho – porque a mensagem do Evangelho não começa dizendo ao pecador que Jesus o ama. O Evangelho humilha o homem para poder salvá-lo. O Evangelho diz ao homem o que ele é, para poder apresentar Cristo como Ele é. O Evangelho revela aquele que pode salvar o homem da condição em que ele está, e se ele não descobrir a situação em que está, nunca poderá correr para Cristo, recebê-lo em seu coração, arrepender-se amargamente de seus pecados e lutar contra eles, e viver em paz com Deus. Segundo J. I. Packer, em seu livro ‘A Evangelização e a soberania de Deus’, “há somente um meio de evangelização: que é o evangelho de Cristo, explicado e aplicado. A fé e o arrependimento, os dois elementos complementares de que consiste a conversão, acontecem em resposta ao evangelho”. Ou seja, um pecador não pode ser salvo com essa simples frase, visto que o que salva o homem da condenação é Cristo sendo revelado nas Escrituras a partir do Evangelho pregado por nós, cristãos.
3º) Dizer que Jesus ama alguém incrédulo não é verdade – essa parte é delicada, por isso vou tratá-la com toda a clareza possível. Responda: Deus ama seus inimigos? Ele salvará seus inimigos do inferno? Ele dá aos Seus inimigos os privilégios espirituais que Ele dá a Seus filhos? A resposta para essas perguntas é uma só: NÃO. A frase “Deus ama o pecador, mas odeia o pecado” é, em certo sentido, errada, pois aqueles que se converteram a Cristo são pecadores, e a esses é estendido o amor de Deus. Porém o que move o coração de Deus quanto aos incrédulos é a Sua graça e misericórdia, que é a “causa de não sermos consumidos” (Lamentações 3.22). Há um sermão, chamado “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, de Jonathan Edwards, que nos revela a situação do homem sem Cristo. É uma pregação muito forte, que desmascara o homem e o motiva a correr sem pensar para Cristo. Saiba que, se você crê em Cristo, você é amado. Mas aquele que não crê, não pode ser amado, a não ser que se arrependa dos seus pecados, deixando a condição de criatura para se tornar filho de Deus.
Enfim, para efeito de conclusão, quero deixar claro que o amor, a graça e a misericórdia de Deus estão estendidos a qualquer um, mas a qualquer um que, em seu coração, sinta o desejo de seguir a Cristo, o busque em arrependimento, e viva uma vida de serviço e devoção a Cristo, que veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu, Douglas Carias dos Santos Silva, sou o principal. (ver I Timóteo 1.15).
Pela graça de Deus, que ama os Seus incondicionalmente,
Douglas.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Jesus, O Senhor do tempo

Há uns dias eu conheci a música "O Senhor do tempo", de Stênio Marcius e com participação de João Alexandre e de Silvestre Kullmahn. Eis a letra abaixo:
Mestre..., me veja menino, deixa-me correr com Teus pequeninos… Mestre, de rosto amigável, de sorrriso largo, de sereno olhar, eu... fui a Ti criança e me recebeste de braços abertos… Que estranha distância, agora... Senhor, lembra do menino que eu fui outrora...
Mestre, lembro que eu buscava e me derramava... Choro adolescente… Lembro daquele caderno onde eu anotava minhas orações... Jovem, busquei a Ti por refúgio certo para um moço aflito… Que estranha distância, agora... Senhor lembra do rapaz que eu fui outrora…
Mestre, estou bem mais velho e o amor que eu tinha, onde foi parar? Mestre, fala a esse homem, que se emocione, vá recomeçar... Faz-me correr e assim, retornar ligeiro ao primeiro amor… Deixa-me ver novamente o meu nome, escrito nas santas mãos do Senhor do tempo...

Eu preciso voltar ao primeiro amor. João é ordenado a escrever à igreja de Éfeso: “Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos; e sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras…” (Apocalipse 2.2-5). Eu tenho passado por enormes dificuldades na minha vida com Deus, principalmente em relação à minha salvação, e isso me leva a estar um pouco negligente, pois estou cansado e sobrecarregado. Preciso crer que se eu atender ao seu chamado, “Vinde a mim…” (Mateus 11.28), Ele aliviará o meu fardo, mas na prática não tenho crido e por isso, não tenho tido paz. Não é fácil ser firme no primeiro amor quando o monstro da incredulidade passa a fazer parte da nossa jornada. Nunca foi tão difícil lutar contra esse monstro, mas Deus sabe que eu quero e preciso vencê-lo para que eu possa ser um verdadeiro cristão frutífero. O bom da incredulidade é que ela nos leva às certezas, e a promessa de Cristo é de que Ele estará conosco, mesmo quando nossas batalhas interiores e crises existenciais venham nos levar a uma certa negligência com Ele. Não adianta fazermos tudo, quando não estamos mantidos no amor de Deus, quando não temos certeza da fé salvadora, quando não estamos alicerçados na rocha, quando não estamos seguros em Cristo, quando não cremos na salvação em Cristo devido a uma convicção de pecado tal que não nos deixa receber o amor Dele, quando estamos abalados por querer sermos melhores e acabarmos vivendo uma tentativa de salvação pelas nossa obras, quando nos frustramos no momento em que nossas certezas se tornam dúvidas ou até negações, quando as neblinas da nossa alma nos tiram a visão de nós mesmos, quando o pecado parece nos dominar, ou quando queremos nos tornar adultos, esquecendo que se não formos como crianças, não veremos o reino de Deus (ver Mateus 18.2-4)… Enfim, estamos perdendo tempo quando colocamos as obras em primeiro lugar, e esquecemos de cultivar em nossa mente, nossa alma e nosso coração, a simplicidade da fé em Cristo, o amor Dele por nós e nosso para com Ele e para com nossos irmãos, e a transformação através da graça redentora que nos atrai tão gentilmente e que, mesmo sem merecê-la, é dada a nós por meio de Cristo…
Para concluir, divulgo este vídeo que fiz, para que eu mesmo possa fazer da letra desta canção uma oração, para que não apenas eu conheça a Deus, mas seja por Ele conhecido…
Buscando encontrar a simplicidade de crer em Cristo e viver Nele, com Ele, por Ele e para Ele,
Douglas.


Feliz… Páscoa!

O título desta postagem é meio que inconveniente, pois não é época de Páscoa, aliás, ninguém que está lendo este texto pensou em Páscoa nos últimos dias (pra não falar meses! rsrs). Mas, como o próprio título está dizendo, uma feliz Páscoa pra você!!!!
Não está entendendo, não é? Pois vou explicar… Leia o texto bíblico abaixo:
“O orgulho de vocês não é bom. Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada? Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da verdade.” (I Coríntios 5.6-8, NVI).
Nesse texto, Paulo compara a vida cristã com a comemoração da Páscoa judaica, onde durante a semana de festas, só podiam comer pães asmos, ou seja, pães sem fermento. Em Êxodo 12.15, podemos ver a ordem expressa para o povo: “Durante sete dias comam pão sem fermento. No primeiro dia tirem de casa o fermento, porque quem comer qualquer coisa fermentada, do primeiro ao sétimo dia, será eliminado de Israel”. Então Paulo, analogicamente, assemelha o pecado com o fermento, e nos traz algumas aplicações sobre o tema:

a) Assim como o fermento leveda a massa, o pecado em nossas vidas contamina nosso espírito: “Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada?”. Quando se faz um bolo, ou um pão, não se precisa de muito fermento (eu não sou cozinheiro e não sei cozinhar, ok?), pois um pouco é suficiente para levedar, ou seja, para fermentar e “pegar” em toda massa. Nesse mesmo raciocínio, o pecado é semelhante. Visto que o pecado é comparado com o fermento, um pouco de pecado em nossas vidas “pegará” na nossa alma, agarrando com todas as forças e contaminando, nos trazendo consequências negativas, como distância de Deus, falta de paz, de certeza de salvação, medo e insegurança, probabilidade de pecar mais (já que um abismo leva a outro – Salmo 42.7)…

b) Precisamos nos livrar do pecado: “Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são.”. É dever nosso a busca pela santidade do corpo, da mente e da alma. Como precisamos aplicar isso em nossas vidas! Somos muitas vezes tão negligentes que deixamos o fermento pegar em nós e assim somos levedados pelo pecado, nos tornando infelizes em nossa caminhada. Não espere que Deus o purifique, e que você não precisa fazer nada para ser santificado. Esse pensamento é errado. Temos que lutar contra a nossa carne, contra o eu, contra o mundo, contra Satanás,  e é por isso que Cristo veio ao mundo, “para desfazer as obras do diabo” (I João 3.8).

c) Nossa Páscoa é eterna! Todo dia!: “Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa…” A morte de Cristo vale e valerá por toda a nossa vida. A Páscoa simboliza passagem (do hebraico ‘pessach’), e traz a ideia de mudança de situação. Antes, éramos escravos do pecado, mortos em nossos delitos e pecados (ver Efésios 2.1-5), mas ele nos salvou por sua graça infinita, que não pode ser compreendida, mas que deve ser crida por nós e aceita sem discussões… Por isso, podemos festejar diariamente a nossa pessach, da morte para a vida, da escravidão para a liberdade, da condenação do inferno para a salvação de Cristo! Aleluia!

d) Só podemos festejar plenamente quando nãos somos “pães fermentados” e sim “pães asmos”: “…não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da verdade.”. Graças à morte de Cristo, podemos experimentar a alegria da salvação, a paz e o conforto, a segurança e o alívio que só Cristo oferece. Quanto maior a busca pelo conhecimento de Cristo e pela santidade, maior será minha alegria e mais evidentes estarão os motivos para festejar. Precisamos ser “pães” sinceros e verdadeiros, ou seja, agindo com Cristo e com o próximo com lealdade, amor, sinceridade, verdade, compreensão, para que aqueles que nos vejam se “alimentem” de nós, mas na verdade, estarão se alimentando de Cristo em nós.

Então, o que me resta dizer? FELIZ PÁSCOA!!!!!!!!

Buscando conhecer mais e me deleitar mais em Cristo, para festejar mais e melhor,
Douglas.

Ação social espiritual… Nossa obrigação!

Estava viajando, em pé, no ônibus lotado (que viagem!!!), um dia desses, quando estive pensando comigo sobre a minha situação espiritual. Conheço pessoas abençoadas, mas em certo sentido, desleixadas em relação ao próximo, pois pode-se notar com a convivência, a falta de amor e cuidado prático com as ovelhas de Cristo. Sabe, é difícil você querer ajudar os próximos, quando você precisa de ajuda… Falo isso porque eu tenho passado por uma certa “fome” espiritual, devido a minha disposição em ajudar os outros, ensinando, corrigindo, aconselhando, orientando, consolando, confortando, mas não encontro muitas pessoas que façam o mesmo (sem egoísmo, viu?) por mim. Isso me leva a uma condição espiritual desconfortável, pois preciso me virar como posso para não morrer de fome…
Talvez você não esteja entendendo o que eu quero dizer, ou talvez até tenha entendido, mas não concorde com o que eu estou dizendo, devido o fato de que você argumentará que a Bíblia é suficiente, que o Pastor é cristo, que ele alimentará e outras coisas que fará você pensar que está certo. Mas, ouça-me por um momento, e tire suas conclusões:

1) o fator idade – Paulo diz a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.” (I Timóteo 4.12). Para quem não sabe, eu tenho apenas 19 anos. Já pensou quanta coisa um jovem dessa idade tem na cabeça: planos para estudo, trabalho, casamento, família, lazer… E se for um cristão,deverá atentar para a certeza da salvação, para a vida com Deus, a vigilância, a busca por santidade (nessa idade, é um grande desafio), o cuidado com as ofertas e manjares do mundo, o testemunho, a sabedoria nas decisões a serem tomadas… E se for um cristão atuante na igreja, sendo líder ou ajudante de um grupo, terá o cuidado com seus liderados, a preocupação com o estado espiritual deles, o cuidado em levar a Palavra de Deus a eles, o exemplo como cristão e cabeça, a busca por conhecimento bíblico, o amor e dedicação ao ministério… Você entende quanta coisa pode fazer com que um jovem que quer dar o seu melhor não aos homens, mas a Deus, desanime ou fique meio que depressivo, cabisbaixo, triste, amargurado, sofrido, simplesmente por não encontrar alguém que possa apascentá-lo? Eu não falo na questão da fé em Deus, mas da ordem de Cristo: “Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” (João 13.34); ou então atente para as palavras que o Espírito nos trouxe através de Paulo: “Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.” (I Tessalonicenses 5.11). Se formos ver referências textuais bíblicas sobre isso, passaremos um bom tempo meditando nelas, mas o que parece ser muito, Cristo resume em uma Palavra: amor.

2) o fator tempo – Para um jovem que precisa fazer isso tudo descrito acima, o tempo é uma ferramenta que geralmente ele não dispõe. É certo que “há tempo para tudo” (Eclesiastes 3.1), e a idade da juventude é a que se tem maior disposição, porém um tempo mais reduzido, pois é nessa idade que serão definidas a linhas para o futuro. Mas se todos dispusessem o maior tempo possível, ainda que pouco, para realizar e cumprir as ordens de Cristo, seria perfeitamente possível um crescimento espiritual individual e coletivo. Estamos usando o tempo que temos para ajudar nossos irmãos que precisam de ajuda?

3) o fator “achismo” – esse parece ser um grande problema, pois esse fator baseia-se em suposições, em “chutes” ou simplesmente na observação e conclusão sem certeza. Parece que o pensamento é de que aqueles que trabalham mais ou que mostram estar mais ligados com Cristo são os que precisam de menos ajuda e de mais trabalho para fazer na igreja e na obra de Cristo. Esse pensamento leva muitos ao cansaço espiritual, físico, mental, e consequentemente ao desânimo ou depressão espiritual. Mas é justamente o contrário: quando se tem uma condição espiritual, vamos dizer assim, melhor, os problemas e dilemas são geralmente maiores, as crises espirituais são mais profundas, as bases e a casa espiritual é mais agredida por tempestades, ventos e chuvas, e o abismo parece ser mais fundo, parecendo até que não há fim. Você não sabe o quanto eu preciso dos meus irmãos em Cristo, inclusive você, pois você não conhece o meu interior e não sabe dos meus temores e dúvidas cruéis que me assaltam e me tiram a paz… É por isso que estas pessoas precisam de suporte, principalmente no que diz respeito à obra de Deus. Há um tempo, um irmão em Cristo saiu da igreja por trabalhar com missões e não aguentar ver a igreja sentada, sem dar esse suporte. No momento, eu não entendi, e até por um tempo me comportei como a maioria, não concordando e até criticando a atitude daquele irmão. Hoje, me arrependo de não ter feito mais pelo meu irmão, e sinto na pele o que é isso.

Infelizmente, a realidade é que membros das igrejas, sentadinhos no banco ou atuando como líderes levantados por Deus, passam por essa situação de fome espiritual. A grande questão, no entanto, é saber onde estão aquelas ovelhas de Cristo que devem, por ordem do seu Pastor, ajudar outras ovelhas feridas, machucadas, delicadas e necessitadas a encontrarem alimento no grande pasto que Jesus nos deu… Vamos, irmãos, a começar por mim, a praticar ação social para as almas dos necessitados! Vamos deixar de lado a religiosidade e o agradar aos outros, para agradar a Cristo, apascentando as ovelhas Dele! Vamos nos preocupar com as almas que estão perecendo debaixo do nosso nariz, por não termos a coragem de olhar para elas, e só para o nosso bem-estar! Vamos, enfim, deixar de lado os outros dons espirituais, ou melhor, utilizá-los, mas não antes de obtermos e tomarmos posse do dom maior, o amor! Escrevo isso como um desabafo, pois necessito de cada um que lê este texto, e dos que não estão lendo, para crescer em Cristo.
“Como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10.14)
Sem mais,
Douglas.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tomar uma decisão…

Compete a cada um de nós tomar decisões na nossa vida. Na faculdade, meu professor de Novos Negócios (empreendedorismo) afirmou, com toda a propriedade, que a intuição é baseada no conhecimento, que não existem “mensagens vindas do além” ou vozes repentinas que nos dirão o que fazer no momento da escolha. Ou seja, para se escolher algum caminho, é necessário o conhecimento, para que se tome a melhor decisão. Assim, não há o fator ‘sorte’, ou o fator ‘acaso’, mas o fator ‘conhecimento’.
A Palavra de Deus diz, no Salmo 32.8-9, o seguinte: “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti”. É claro aqui que Davi, escrevendo esse salmo penitencial (que fala de pecado e de perdão), quer ensinar nesse trecho algo que é por demais negligenciado pela maioria dos cristãos: a capacidade de se tomar decisões com base na Bíblia.
Veja que no versículo 8, Davi diz que ensinará ao seu ouvinte e leitor, assim como ele aprendeu de Deus quando esteve naquela situação de esconder o pecado. Davi podia falar, porque ele conheceu e viveu aquela situação. Com certeza, à primeira vista, quem lê esse texto acha que foi Deus quem disse essas palavras, mas na verdade, foi o próprio Davi que falou baseado em sua experiência. E se fosse Deus quem falou isso, o contexto seria o mesmo, pois o propósito de Deus é nos instruir, nos ensinar, nos guiar e nos conduzir, assim como Davi teve a intenção de ensinar aos transgressores e pecadores (Salmos 51.13).
Porém a grande questão é o exemplo abordado no versículo 9. A analogia que Davi faz é bastante lógica, pois após sua palavra de conforto, dizendo que iria guiar e ensinar àqueles homens, ele os exorta a não se comportarem como animais, como se não tivessem entendimento. Ainda que Deus diga que estará conosco, que nos guiará, que nos ensinará, que nos conduzirá, Ele não tira de nós o dever de pensar, de utilizar nosso cérebro, a nossa razão. Hoje, todo mundo anseia por ouvir a voz de Deus, mas esperam que Ele fale com uma voz que seus ouvidos captem, uma voz que fale em alto e bom som, uma voz que seja mais alta do que todo o barulho que há ao redor, uma voz que seja totalmente diferente e tão estrondosa que abale suas estruturas e deixe quase surdo aquele que ouve… Acabamos por negligenciar a Palavra inspirada de Deus e nos cansando de buscar uma voz que não virá, porque na verdade, essa voz já está disponível para nós, e fala tão alto ao coração que arde, que é tão identificável que confronta nosso pecado, nosso orgulho, nosso egoísmo, nossos achismos e incertezas, que vai fundo e penetra mais “do que espada alguma de dois gumes, (…) até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas” (Hebreus 4.12)… É essa palavra de Deus que precisamos ouvir, porque essa é a direção, o ensino, a exortação, o conforto, a segurança, a orientação, a vontade, a verdade, a voz de Deus para nós, hoje, amanhã, e sempre… Parece que não queremos mais “queimar as pestanas”, mas sim jogar tudo, inclusive os passos que devemos tomar, para Deus. Queremos que Ele nos carregue sempre, enquanto Ele quer que, como crianças, aprendamos a dar nossos primeiros passos em direção ao Pai, que espera de braços abertos! Graças a Deus por Jesus Cristo, que conquistou na cruz a garantia de que “quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com Ele” (I Tessalonicenses 5.10).
Sola Scriptura!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Nós e os animais...

Ouvi um dia uma frase citada por João Alexandre em uma apresentação (confira aqui) que, em minhas palavras, a diferença básica entre os homens e os animais é que nós, seres humanos, raciocinamos, temos o poder de pensar, mas a grande maioria não utiliza esse diferencial, o pensamento, a razão, e no fim, acaba agindo como um animal... Agora, imaginem Deus, que criou tudo para a sua glória e o seu louvor, vendo sua criação agindo como animais loucos e sem razão alguma?!
Paulo, no primeiro capítulo de Romanos, afirma que não se envergonha do Evangelho de Cristo, "porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16). Só que logo após ele fazer uma declaração tão forte, ele começa a falar da ira de Deus, que se manifesta contra "toda a impiedade e perversão do homens" (Rm 1.18). Aqui, Paulo começa a abordar uma das doutrinas que esclarecem todo o problema do mundo: a depravação total do homem. Daqui até boa parte do capítulo 3, o assunto de Paulo é o pecado, a causa do "problema que somente Deus poderia resolver", segundo o escritor Henry Bast.
Mas o que eu quero expressar com esse texto não é a doutrina do pecado, mas sim a identidade do pecado no ser humano. O pecado é como que a evidência do que nós somos. O que quero dizer é que o que nós fazemos de errado, independentemente de sermos cristãos ou não, é apenas fruto daquilo que somos ou que temos por dentro: uma essência má que, se alimentada, traz consequências maléficas tanto para quem cometeu o pecado, quanto para aqueles que são afetados por ele. Assim, a sociedade na qual vivemos está como está por uma simples razão: a falta de controle do pecado. Nós, que temos o privilégio de pensar, agimos muitas vezes por instinto, e quando fazemos isso, quebramos a harmonia que deveria existir...
Que Deus nos leve - principalmente a nós cristãos - a usarmos mais nossa razão!
Douglas

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Desabafo...

Quero dizer, com muita tristeza e até com receio de ser mal interpretado, que estamos vivendo períodos de extrema pobreza espiritual na igreja brasileira. Afirmo, com o coração apertado, que existe uma verdadeira escassez de verdadeiros cristãos. Ou em outras palavras, se há um bom número de verdadeiros cristãos, esses parecem estar "sufocados", cercados de igrejas que mais parecem "alojamentos de joios", e isso não é difícil de perceber quando se olha para os ensinamentos desses líderes atuais... Não posso ver isso e ficar calado, pois o meu Deus, por mais falado que seja, está sendo deixado de lado na prática!
Belos discursos, belas pregações, até belos cânticos com belas melodias, com belas coreografias, e essa cadeia de coisas "belas" vai deixando de lado a beleza maior de saber que, enquanto nós vivíamos como queríamos, Deus providenciou a salvação ao seu povo... Deixaram de lado a beleza de conhecer a Cristo, e este crucificado... Deixaram de lado a beleza de saber que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1), e quando se fala em condenação, acham essa palavra dura demais para se ouvir... Deixaram de lado o culto verdadeiro a Deus, para adorarem um deus imaginário, fruto de opiniões próprias e de uma completa falta de espiritualidade... Deixaram de lado a simplicidade do evangelho de Jesus Cristo, e por causa disso, vivem enganando e sendo enganados, como Eva no jardim (ver 2 Co 11.3)... Deixaram de lado a verdadeira humildade, o verdadeiro arrependimento, a verdadeira contrição, para querer ser grandes homens de Deus, grandes pregadores, grandes músicos, grandes evangelistas, grandes isso, grandes aquilo... E se não se arrependerem de verdade, provavelmente ouvirão de Cristo, ao som de seus próprios argumentos vazios, "apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade... Nunca vos conheci!" (Mt 7.21-23). Essa é a situação da nossa igreja, na visão de um simples jovem que tem o único desejo de fazer exatamente o contrário do relatado acima...
Que a graça de Deus seja com todos nós, e que sua misericóridia continue nos sustentando...
Douglas

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O homem SONHA e Deus REALIZA!!!!!!!

Estava eu, indo para casa, após um dia cansativo (pra mim, aliás, todos os dias são cansativos!), no final da tarde, na BR-101, esperando o ônibus, quando um carro em especial me chamou a atenção. Não porque tinha alguém conhecido, ou porque parou e o motorista me deu carona, mas porque no vidro frontal do carro havia escrita a frase de título desta postagem: "O homem sonha e Deus realiza!". Quando eu parei pra pensar nessa frase, vi que existe muita gente que acredita que é assim que acontece. Mas não é.
Fazendo uma análise do perfil do dono do carro a partir da frase, ele pode ser: 1) alguém que não é cristão, mas acredita que Deus existe, e acredita que Deus o abençoou com um carro por merecimento (o fato de ele ser "uma pessoa boa", ajudar os pobres, gostar de todo mundo, não mentir, nem roubar, nem matar, nem trair a esposa,enfim, para ele as boas obras são o que agrada a Deus - aquele lema de infância: quem é bom vai pro céu!); 2) uma pessoa que vai à igreja, mas que ainda não teve um encontro com Jesus e por isso, acredita em Deus do mesmo modo que as pessoas do mundo acreditam; 3) um cristão de verdade, mas que não zela pela palavra de Deus, a ponto de se deixar levar por ventos de doutrina (ver Efésios 4:14).
O principal erro dessa "teoria" que, resumida nessa frase, representa um erro grave e sutil, é que Deus faz a vontade do homem. Vamos analisar biblicamente e comprovar se isso é ou não verdade.

1) Deus não se sujeita à vontade do homem - se dizemos que Deus é soberano, isso quer dizer que Ele governa tudo e todos. Se Ele governa tudo e todos, por que se sujeitaria, ou seria obrigado, a fazer a nossa vontade? Se Ele nos salvou, é para a glória Dele, não para nossa glória! Veja o que Paulo diz aos Colossenses: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele." (1.16). Responda a si mesmo: em sã consciência, como é que Deus, que criou TUDO, poderia fazer o papel de "empregado" dos homens? Você poderia me dar um argumento, e usar até versículos para refutar esse argumento: "Ah, mas, a Palavra não diz: 'E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis' (Mt 21.22), e 'Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.' (Mt 7.7,8)? Eu responderia: "Sim, sem dúvida. Mas João também diz: 'E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.' (I João 5.14), e você se lembra da oração de Jesus no Getsêmani? 'Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.' (Lc 22.42)? Já pensou se Deus acatasse a vontade do próprio Cristo?". Eu não quero dizer que Deus não faz ou não pode realizar nossos sonhos, desejos e planos, mas não é porque queremos que Ele faz algo por nós, mas porque Ele quer e porque Ele age de acordo com as promessas que Ele nos fez.

2) O amor de Deus e a nossa fé se unem a favor dos nossos pedidos, mas não acima de Sua vontade - "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus." (Filipenses 4.7,8). Veja que o propósito e a motivação principal é a paz de Deus, que guardará os nossos corações! Não importa se Deus fará ou não o que eu peço. Eu não tenho que ter fé que Ele fará, mas devo acreditar que Ele pode fazer, e é aí que eu depositarei minha esperança e confiança! Se for da vontade Dele, o que pedirmos será feito! E Ele fará não por obrigação, mas porque nos ama!!! A paz inigualável que nos é concedida é mais do que suficiente para nos fazer caminhar. Se Deus não fez o que eu pedi, não tem problema: Deus sabe o que é melhor para mim!!!!!!!!!!

3) O caráter da vontade de Deus - o texto de Romanos 12.2 nos revela que a vontade de Deus tem três principais características:
a) ela é boa, ou seja, não nos remete mal algum;
b) ela é perfeita, ou seja, nunca será falha em algum ponto, e;
c) ela é agradável, ou seja, não trará incômodo ou inquietação. Como assim, não traz inquietação? E quando Deus não faz aquilo que eu tanto queria, eu não me inquietar é bastante difícil, não é?

Mas note o versículo todo:

"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."

Para que experimentemos a vontade de Deus, não podemos nos conformar com este mundo, e buscar tomar uma atitude de renovação de mente. Se ficarmos com o pensamento comum de que o homem sonha, e Deus realiza, nós nos decepcionaremos, pois quando Deus não fizer, para o nosso bem, aquilo que tanto pedimos, acharemos que tem alguma coisa errada conosco, algum pecado, alguma área em que estamos falhando... O que há de errado é que conhecemos qualquer coisa, menos o Deus verdadeiro! A mudança de mente trará um conhecimento mais profundo de Cristo e de Sua vontade! Mergulhe profundamente no conhecimento de Deus, e não se agarre ao que Deus te dá ou faz por você, e sim no que Ele é e no Seu caráter! Só assim, teremos a convicção de que a vontade de Deus é verdadeiramente boa, perfeita e agradável!!!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O espinho na carne

"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte." (2 Coríntios 12:7-10)

Paulo, nesse trecho de 2 Coríntios, nos fala que foi permitido por Deus que um espinho na carne perturbasse a paz dele. O que seria esse espinho? Não dá para definir. A Bíblia não esclarece, mas pode ser: a) uma doença física que não curou há um bom tempo; b) um perseguidor cruel, que não o deixava em paz, ou; c) alguma tentação ou provação difícil de suportar. Responda pra você: você tem um espinho na carne? Eu tenho! E a cada dia, estou aprendendo que esses espinhos na carne têm um propósito para Deus. Quer ver?


1º) O espinho na carne evita um sentimento de orgulho(v. 7)
Paulo foi um dos grandes homens usados por Deus na história. Dos 27 livros do Novo Testamentos, ele escreveu 13 (de Romanos até Filemom). Mas ele era gente. Ser humano. Pessoa. Pecador. E dentre os muitos pecados, o que poderia dominar a mente de Paulo seria o orgulho. E eu afirmo a vocês que não tem pecado pior do que o orgulho! Paulo recebia revelações de Deus, e foi chamado para ser apóstolo! Paulo era um alvo fácil do orgulho. Ele poderia se achar independente, ou melhor do que os outros, por ter uma intimidade maior com Deus. E Deus concede a ele uma dificuldade que o faz perceber que sem Deus, qualquer problema é difícil. Deus permite dificuldades em nossas vidas para que cheguemos mais perto Dele! Largue seu orgulho espiritual! Largue esse sentimento maligno de achar que é superior a outro por ouvir a voz de Deus! Isso é orgulho!! Talvez se Paulo não passasse por essa dificuldade, ele teria caído nos braços do orgulho e do pecado.

2º) O espinho na carne faz a gente orar mais (v. 8)
Quando está tudo bem, oramos menos. Quando as dificuldades começam a surgir, buscamos mais a Deus. Paulo orou três vezes. Você tem orado pelo seu espinho? Você tem buscado a Deus? Principalmente nós, jovens, precisamos buscar mais a Deus.

3º) O espinho na carne manifesta a graça de Deus (v. 9)
O Senhor nos diz: "A minha graça te basta!" É bastante difícil convivermos com situações difíceis, circunstâncias contrárias, com lutas constantes, mas o Senhor manifesta a Sua graça no meio da tempestade. Não é à toa que na carta aos Romanos, Paulo diz: "Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus..." (Rm 8:28). Tudo está no controle de Deus! Suas dificuldades são parte do plano que Deus traçou para sua vida!! Creia nisso!

4º) O espinho na carne manifesta a força de Deus em nós (v. 10)
Toda luta traz um desconforto, uma tristeza, uma angústia que acaba nos abatendo e nos deixando fracos, vulneráveis aos ataques do inimigo. A verdade é que somos fracos (ver 2 Coríntios 13:4), e precisamos da ajuda de Deus a cada momento. Ao acordar, não poderíamos nem sequer abrir os olhos se não fosse a graça de Deus em nossas vidas! Mas quando nós oramos a Deus,dizendo nossas fraquezas, você se torna forte, ou melhor, Deus manifesta a força Dele na sua vida! É a graça de Deus que te mantém de pé até hoje, e sem ela você não faz nada!!!!

Para concluir, esse espinho na carne que tem perturbado sua paz, que pode ser uma tentação, um pecado a vencer (preguiça, gula), uma provação, uma perseguição ou uma doença, está dentro da vontade de Deus para a sua vida. Os espinhos na carne fazem parte da caminhada, mas não pense que Deus vai simplesmente tirá-los da sua vida, sem fazer você aprender nada. Deus quer que você saia desta batalha com o máximo de experiência possível. Paulo aprendeu uma lição importantíssima, que aprendemos agora: a graça de Deus nos basta!