Tive o privilégio de estar com dois irmãos em Cristo, o missionário Eduardo e sua esposa, a Rejane, no campo missionário onde eles atuam, em Pirituba, bairro de Vitória de Santo Antão. É um local simples, pacato, mas cheio de pessoas simpáticas e que são muito receptivas. Foi uma ótima experiência, pois pude aprender diversas coisas, que vou compartilhar com vocês abaixo.
1º) Os campos estão brancos: Veja o que está escrito em João 4.35:
"Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa."
Cristo disse aos discípulos, saindo de Samaria, que os campos estavam brancos para a ceifa, ou seja, que as oportunidades estão visíveis para se falar de Cristo e do seu amor. Os discípulos estavam preocupados em satisfazer a fome do seu Mestre, com comida física, terrena, quando o próprio Cristo afirma, antes de relatar a situação dos campos, que a sua comida é fazer a vontade do Pai, a sua obra. Foi o que Jesus havia começado a fazer, conversando com a mulher samaritana, quebrando paradigmas e levando a verdade para aquela mulher, aquela parte do campo branco. Samaria é um exemplo de um local próprio para se falar da verdade do Evangelho.
Lá em Pirituba, há muitas pessoas que precisam de Cristo. Isso é visível naquele bairro. Pessoas que vivem um dia após o outro, que passam na porta da congregação e olham, mostrando ter sede ou ao menos curiosidade de saber do que se trata. Pessoas que são capazes de entender que suas vidas não tem sentido sem Cristo, e que elas estão andando no sentido do inferno. Creio que isso não é´uma realidade apenas no interior, mas ao nosso redor. Pessoas que precisam ver Cristo em nossas vidas, e que estão prontas e brancas para serem ceifadas.
2º) Poucos são os ceifeiros: em outra ocasião, Cristo fala aos seus discípulos:
“Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.” (Mateus 9.37)
Isso é uma realidade vista em Pirituba. É uma seara realmente grande, mas vejo uma dificuldade extrema para os irmãos daquela região, e para o próprio Eduardo e a Rejane, pois são poucos os que trabalham verdadeiramente naquele local, não porque os outros não querem, mas porque tem poucos ceifeiros. Tive a oportunidade de levar uma reflexão para os poucos ceifeiros da congregação de Pirituba, e falei sobre o crescimento da igreja. Pude perceber o enorme interesse dos que estavam presentes em fazer a igreja crescer, e sei que eles farão todo o possível para que a igreja de Cristo cresça naquela região. Mas fico triste, ao ver tão poucas pessoas envolvidas no trabalho de evangelização. Não falo de participar das saídas de domingo à tarde para entregar folhetos, mas de falar verdadeiramente de Cristo e da mudança que Ele fez e faz em nossas vidas. Não precisamos ser missionários para evangelizarmos; precisamos ser sábios (ver Provérbios 11.30).
3º) Precisamos orar a Deus pedindo ajuda: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara.” (Lucas 10.2b). Como os campos precisam de pessoas com coragem, com amor às almas e com a presença de Cristo em nossas vidas! Que nós oremos ao Pai, em nome do Filho, para que o Espírito Santo derrame o amor santo de Deus em nossos corações! Que nós venhamos nos conscientizar de que temos de ser a imagem de Cristo em nosso viver! Que a nossa oração seja: Senhor, que Tu mandes obreiros para a seara, e, acima de tudo que eu seja um obreiro na seara ao meu redor, na seara da minha casa, dos meus amigos, das pessoas que convivo.
Basicamente, essas foram as conclusões que eu tirei da minha visita à Pirituba. Ali é mais um dos muitíssimos locais onde o Evangelho precisa e deve ser propagado. Sei que Deus abençoará aquele local, e minha oração é que o Deus da paz seja com eles (ver Filipenses 4.9). Lembrem-se: Um coração sem Cristo é um campo missionário, um coração com Cristo é um missionário. Seus corações tem Cristo? Então evangelizem, e se for preciso, usem palavras!
Douglas,
ResponderExcluiragora, com a partida do Eduardo para a glória, o campo está branco e triste. Oremos para que o Dono da seara envie obreiros que possam dar continuidade à obra que nosso querido China começou por lá. Belo relato o seu, e oportunas obervações também.
Abraços!