Bem, conforme falei no último texto publicado, estarei escrevendo algumas postagens relativas a argumentos e proposições que devem, de acordo com a Bíblia, ser expostas aos não crentes no ato do evangelismo. Assim, o primeiro ponto que vamos tratar é sobre a situação do ser humano.
Paulo, escrevendo aos Efésios, diz: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira” (Efésios 2.1-3). Você entendeu este texto? Você conseguiu compreender o que Paulo vem tratar nesse texto? Ele fala que todos nós, cristãos, vivíamos de acordo com o curso, com o movimento, com a correnteza deste mundo em que vivemos, ou seja, vivíamos de acordo com nossa carne, nosso eu, nossos desejos e nossas vontades. Mas, se você observou bem, Paulo declara que vivíamos de acordo com o espírito, ou seja, as influências, que hoje atuam ou conduzem os filhos da desobediência, ou seja, os incrédulos. O que Paulo fez nessa passagem foi colocar os crentes de Éfeso e de todo o mundo no mesmo pé de igualdade, dizendo que tanto os crentes quanto os incrédulos foram conduzidos (os incrédulos ainda são) por essa influência, que os leva a fazer o que querem. Mas, que influência é essa que todos teriam em comum?
Para desenvolver a resposta dessa questão, farei uma ilustração que eu usei uma vez, de acordo com 1 João 1.8. Pensem em Deus como o nosso fabricante, o fabricante dos seres humanos. Ele fez Adão e Eva perfeitos, bem feitos. Mas, eles adquiriram um defeito, um defeito que se estende a todas as pessoas. Esse defeito é o pecado. Devido ao pecado de Adão (o pecado original, ou seja, o pecado de origem), todos nós temos esse defeito, ou seja, todos nós temos pecado, e portanto, somos pecadores. Esse pecado que temos não se resume às coisas erradas que fazemos, pois mesmo que nós não façamos nada de errado, continuamos pecadores; em outras palavras, somos pecadores em essência. Essa essência é o que todos temos em comum: a essência pecaminosa. E esse é o espírito, ou a influência, a que Paulo se refere no texto de Efésios.
A situação do mundo, e do ser humano em geral, é que ele anda segundo essa influência, ou seja, segundo a carne, ou se preferir, segundo o pecado. Essa é uma das verdades fundamentais que um não cristão deve saber antes da conversão, ou para se converter. Se uma pessoa não entender ou não souber o grande problema que tem, nunca desfrutará da grande solução traçada por Deus, e nunca terá paz, nunca sossegará, nunca descansará, nunca será aliviada. Fernanda Brum, em seu hino “Vaso de alabastro”, diz algo que cabe no que eu estou dizendo. Ela diz: “Só quem conhece a grandeza do perdão que recebeu, entrega em amor todo o tesouro seu para adorar a Deus”. Só é possível conhecer o perdão de Deus, e a grandeza dele, se percebermos o tamanho da dívida que temos a ser perdoada. Portanto, é altamente necessário, antes de qualquer coisa, falar do pecado do homem, humilhá-lo mostrando sua situação, e só assim ele poderá procurar efetivamente o remédio, que é Cristo.
Precisando do remédio para a minha alma,
Douglas.