quinta-feira, 6 de maio de 2010

O espinho na carne

"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte." (2 Coríntios 12:7-10)

Paulo, nesse trecho de 2 Coríntios, nos fala que foi permitido por Deus que um espinho na carne perturbasse a paz dele. O que seria esse espinho? Não dá para definir. A Bíblia não esclarece, mas pode ser: a) uma doença física que não curou há um bom tempo; b) um perseguidor cruel, que não o deixava em paz, ou; c) alguma tentação ou provação difícil de suportar. Responda pra você: você tem um espinho na carne? Eu tenho! E a cada dia, estou aprendendo que esses espinhos na carne têm um propósito para Deus. Quer ver?


1º) O espinho na carne evita um sentimento de orgulho(v. 7)
Paulo foi um dos grandes homens usados por Deus na história. Dos 27 livros do Novo Testamentos, ele escreveu 13 (de Romanos até Filemom). Mas ele era gente. Ser humano. Pessoa. Pecador. E dentre os muitos pecados, o que poderia dominar a mente de Paulo seria o orgulho. E eu afirmo a vocês que não tem pecado pior do que o orgulho! Paulo recebia revelações de Deus, e foi chamado para ser apóstolo! Paulo era um alvo fácil do orgulho. Ele poderia se achar independente, ou melhor do que os outros, por ter uma intimidade maior com Deus. E Deus concede a ele uma dificuldade que o faz perceber que sem Deus, qualquer problema é difícil. Deus permite dificuldades em nossas vidas para que cheguemos mais perto Dele! Largue seu orgulho espiritual! Largue esse sentimento maligno de achar que é superior a outro por ouvir a voz de Deus! Isso é orgulho!! Talvez se Paulo não passasse por essa dificuldade, ele teria caído nos braços do orgulho e do pecado.

2º) O espinho na carne faz a gente orar mais (v. 8)
Quando está tudo bem, oramos menos. Quando as dificuldades começam a surgir, buscamos mais a Deus. Paulo orou três vezes. Você tem orado pelo seu espinho? Você tem buscado a Deus? Principalmente nós, jovens, precisamos buscar mais a Deus.

3º) O espinho na carne manifesta a graça de Deus (v. 9)
O Senhor nos diz: "A minha graça te basta!" É bastante difícil convivermos com situações difíceis, circunstâncias contrárias, com lutas constantes, mas o Senhor manifesta a Sua graça no meio da tempestade. Não é à toa que na carta aos Romanos, Paulo diz: "Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus..." (Rm 8:28). Tudo está no controle de Deus! Suas dificuldades são parte do plano que Deus traçou para sua vida!! Creia nisso!

4º) O espinho na carne manifesta a força de Deus em nós (v. 10)
Toda luta traz um desconforto, uma tristeza, uma angústia que acaba nos abatendo e nos deixando fracos, vulneráveis aos ataques do inimigo. A verdade é que somos fracos (ver 2 Coríntios 13:4), e precisamos da ajuda de Deus a cada momento. Ao acordar, não poderíamos nem sequer abrir os olhos se não fosse a graça de Deus em nossas vidas! Mas quando nós oramos a Deus,dizendo nossas fraquezas, você se torna forte, ou melhor, Deus manifesta a força Dele na sua vida! É a graça de Deus que te mantém de pé até hoje, e sem ela você não faz nada!!!!

Para concluir, esse espinho na carne que tem perturbado sua paz, que pode ser uma tentação, um pecado a vencer (preguiça, gula), uma provação, uma perseguição ou uma doença, está dentro da vontade de Deus para a sua vida. Os espinhos na carne fazem parte da caminhada, mas não pense que Deus vai simplesmente tirá-los da sua vida, sem fazer você aprender nada. Deus quer que você saia desta batalha com o máximo de experiência possível. Paulo aprendeu uma lição importantíssima, que aprendemos agora: a graça de Deus nos basta!